Rebeldes abatem caça JF‑17 Thunder da Força Aérea de Myanmar

Um caça JF‑17 Thunder da Força Aérea de Myanmar foi abatido ontem, 10 de junho de 2025, por forças rebeldes, no que representa o mais recente revés para a já fragilizada frota de jatos moderno deste país .

A aeronave da versão Block II, desenvolvida em parceria entre o Complexo Aeronáutico do Paquistão (PAC) e a Chengdu Aircraft Corporation (CAC) da China, encontrava‑se envolvida em operações de apoio aéreo contra insurgentes, num contexto continuado de conflito interno. O incidente destaca a vulnerabilidade destes jatos face à crescente capacidade das unidades rebeldes.

O contexto permanece tenso, já que a junta militar continua a intensificar operações aéreas contra grupos insurgentes, enquanto estes afirmam possuir capacidades antiaéreas sofisticadas ou adaptadas, capazes de derrubar jatos modernos como o JF‑17.

A junta iniciou a introdução dos Su‑30SME russos, o que reflete a tentativa de Myanmar de suprir a lacuna na sua força aérea. 

Desde o golpe militar de 1 de fevereiro de 2021, Myanmar mergulhou numa grave crise política, social e militar. O golpe depôs o governo democraticamente eleito liderado por Aung San Suu Kyi e o seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (NLD), alegadamente por fraude eleitoral nas eleições de 2020, acusações não reconhecidas por observadores internacionais.

Após o golpe, o poder foi assumido pelo Conselho de Administração do Estado, liderado pelo general Min Aung Hlaing. Desde então, o país entrou progressivamente numa guerra civil de facto.

A junta tem enfrentado uma aliança crescente das Forças de Defesa do Povo (PDFs), grupos armados civis formados após o golpe.

Participam no conflito também Organizações étnicas armadas que lutam há décadas por autonomia, como o Exército de Independência Kachin, os Karens (KNLA), os Shans e, mais recentemente, o Exército de Arakan.

Estes grupos insurgentes coordenam ataques contra bases militares, postos de controlo e agora também aeronaves militares, como o JF-17 recentemente abatido.

O regime militar está sob forte sanção internacional, principalmente por parte dos EUA, Reino Unido e União Europeia. Estes países condenam a repressão violenta contra manifestantes pacíficos e a prisão de líderes políticos assim como a perseguição étnica, como o caso dos Rohingya.


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